Justin Klaus
Justin Klaus › Conto , DC

on sábado, 3 de fevereiro de 2018

Primal (Parte 01)


             Olá meus Nerds e Geeks apaixonados por literatura, eu sou Justin Klaus Duncan, autor, poeta e samurai urbano, e sim! Também estou aqui, além de trocarmos dicas e opiniões sobre os livros que lemos, sim alguém me deu uma coluna semanal sobre livros, povo doido não? Eu tive de subornar uns guardas para me deixarem espalhar meus contos por aí, espero que curtam ler como curti escrever...


         Carnaval é a época do ano em que as pessoas colocam seus demônios para fora, quatro dias em que o prazer da carne e satisfação... No interior do Rio o prazer da carne é trocado pelo prazer... Por carne...
            Numa cidade interiorana conhecia pelos seus blocos de carnaval um grupo de estudantes chega para curtir uma semana de liberdade, suas mochilas grande cheias de roupas, bebidas e algumas substâncias ilícitas que vão abastecê-los até o dia de irem embora.
— Vini! Qual é o hostel que vamos ficar? — Vini olhou para a moça de cabelos dourados, linda aos olhos dele, Gláucia era um sonho, bonita, inteligente e muito animada, infelizmente namorando. — Tô morta e preciso descansar um pouco antes da noite.
— É bem ali na frente Gláucia, uns cinco minutos daqui. — Era uma grupo pequeno oito pessoas felizes por ficarem alguns dias sem pensar em aulas ou nas provas da faculdade, Vini olhou mais uma vez para Gláucia e que estava abraçada com Fred seu namorado, um sujeito detestável, orgulho, encrenqueiro, com uma personalidade simplesmente intragável.
Começaram a seguir para o hostel havia muita gente na cidade um grande grupo de fora, assim como o grupo de Vini estavam ali para festejar e relaxar, quando chegaram ao lugar, ali mas parecia uma sede da ONU, pessoas diferentes falando diversos idiomas, um clima jovial e agradável, logo que receberam suas chaves foram para os quartos, Vini dividiria o quarto com Miguel um amigo de longa data.
— Porra Vini, acho que tu tem de tirar a Gláucia da cabeça velho. — Miguel era o típico carioca criado na zona sul, loiro de altura mediana, olhos verdes, corpo moldado em academia, sempre sorrindo e disposto a trocar uma ideia. — Sabe que dá ultima vez que o Fred te pegou olhando para mulher dele quase deu merda.
— Tô sabendo brother, não sei como ela consegui ficar com aquele babaca. — Vini se olhou no espelho, nem de longe era tão bonito quanto o amigo, era magrelo, meio estabanado, ele suspirou e tentou tirar a garota da cabeça, depois de um banho resolveu que daria uma volta pela cidade. — Bora ver o que essa cidade tem a oferecer?
— Vou nada, vou descansar e esperar a Larissa aparecer aqui... — Vini olhou para Miguel e deu de ombros saindo do quarto, caminhou pelo hostel vendo jovens lindas vinho de vários lugares do pais e do mundo, aquele carnaval seria inesquecível ele pensou, embora não fizesse ideia ele estava certo.
Parou na rua e ficou observando jovens caminhando, alguns sentados na praça conversando e bebendo, resolveu que acharia um bar... Logo estava sentado bebendo e comendo uns torresmos, o lugar era bem acolhedor estava lotado em virtude das pessoas de fora da cidade, Vini olhou e viu um cartaz que convidava os jovens para uma festa, bastava levar uma pack de bebida e poderia comer a vontade, aquilo parecia muito interessante, ele tirou uma foto e mandou para seus amigos pelo aplicativo de conversa.
— Fala aí, tu é de fora xará? — Havia uma grupo de jovens parados atrás de Vini, ele olhou o grupo, umas doze pessoas, todas bem vestidas, bonitas, mas com um olhar feroz. — Somos nós que estamos organizando a festa, se quiser colar lá será bem vindo.
— Vou falar com meus amigos, se der mole a gente aparece por lá pra tomar umas cervejas... — Vini estava gostando da ideia.
— Poxa gatinho, sério aparece lá de garanto que vai ser uma experiência única na sua vida. — Era só o que faltava para Vini decidir ir, a garota falando com ele era uma morena incrível, tipo modelo, ela ainda se aproximou e o beijou, um beijo forte e com uma mordida nos lábios no final, depois apanhar o celular da mão dele e teclou seu número, um filete de sangue escorria pelos seus lábios. — Esse é meu número, me liga mais tarde.
Vini terminou a cerveja e os torresmo e voltou para o hostel, ele iria a está festa com ou sem seus amigos, isso estava mais que decidido, iria descansar e mais tarde daria o jeito dele de ir.
Encontrou o quarto ocupado, Miguel só podia estar com Larissa, então foi para o quarto que ela dividia com Erika, uma baianinha linda, ela abriu a porto e sorriu, sabia que Vini acabaria ali, com o quarto sendo usado pelo casal, eles não tinha muitas opções.
— Valeu por me deixar cair aqui, fui impedido de dormir no quarto. — Vini deu de ombro e se deitou, ele estava exausto, só conseguia pensar em beijar novamente aquela menina, olhou o celular e viu o nome dela, Natasha, um sorriso brotou em seus lábios, não era normal ele receber aquele tipo de atenção das mulheres, ou seja ele não poderia deixar uma oportunidade desta passar.
— Tá rindo de quê pretinho? — Erika sempre teve essa mania de chamar Vini de pretinho, mas havia um carinho na maneira que a jovem falava. — Pensando em fazer alguma besteira?
— Que isso, tô de boas... — Vini ficou sem graça com a “piada” da amiga, Erika olhou para ele e fez cara de decepção, “isso não pode estar acontecendo!” Duas meninas lindas dando atenção para ele, aquele lugar devia ser no mínimo mágico.
 — Sabe como é né, você pode estar pensando em se aproveitar de mim...
— Disse Erika.
— E se eu tivesse? Você iria resistir? — Vini caminhou até Erika e a beijou, logo estavam jogados na cama arrancando a roupa um do outro...
Quando a noite chegou todos estavam arrumados para ir a tal festa, com um dos funcionários do hostel descobriram que o endereço da festa ficava à uma hora de carro, numa fazenda distante dali, chamaram dois Uber e foram se divertir, a única coisa que Vinicius estranhou foram as enormes cercas que protegiam o local, o lugar parecia uma grande rave, lotado de turistas.
— Sejam bem vindos há Milênios a melhor e mais divertida festa que já houve, meu nome é Jorge e sou um dos organizadores. — Jorge era uma cara grande, branco de cavanhaque e com cara de malandro.
— Caralho Vinicius, desta vez você acertou em cheio, esta festa parece ser foda... — Disse André abraçado ao seu namorado Teles, Vinicius era amigo de infância de André, entregando as bebidas a um dos organizadores da festa. — Acho que será a melhor noite de nossas vidas...
A noite estava ótima uma grande lua cheia enfeitava o céu, a música eletrônica com sua batida hipnótica e as luz piscando eram um show a parte, corpos pintados sobre o efeito da luz criavam imagens surreais, as “balas” passando sendo consumidas sem controle.
Vini dançava com Erika e sentia uma liberdade que há muito tempo não sentia, via seus amigos felizes, nem a presença de Fred agarrado a Gláucia diminuía o desejo que aquela noite não se acabasse.
André e Teles se afastaram dos amigos queriam conhecer o lugar, caminharam em direção à mata onde muito estavam namorando e usando drogas ilícitas, mas aquilo não os incomodava, se encostaram-se a uma árvore e começaram a namorar, era bom estar num lugar onde não fossem o centro das atenções apenas por serem homossexuais.
— Você está feliz amor? — André acaricia o rosto do companheiro com muita delicadeza, ao redor deles risadas alteradas pelo efeito do álcool e drogas. — Me da um minuto já volto.
André caminhou até onde estava sendo distribuída as bebidas e apanhou dois copos de cerveja, ficou olhando a mata e admirando sua beleza, foi quando viu um par de olhos estranhos, grandes e altos demais para serem humanos.
Não levou mais que alguns segundos, mas André se viu apavorado, estava paralisado, seja lá que bicho fosse aquele era enorme e estava li tão perto dos convidados, então tão rápido quanto apareceu se foi.
Ele resolveu voltar para onde havia deixado Teles levando as cervejas, não conseguia tirar aqueles olhos da cabeça, encontrou o namorado dançando, livre, feliz
— Vamos voltar pro pessoal? — A voz de André demonstrava o medo que havia surgido dentro dele.
— Aconteceu alguma coisa? Alguém te destratou? — Teles já procurava o foco de uma provável confusão, não seria a primeira vez e infelizmente nem a última, o mundo era cheio de pessoas que se acham melhores que as outras, fosse por opção sexual, religião, política, cor da pele.
— Não houve nada, só não quero ficar muito tempo longe deles, não acho uma boa ideia nos perdermos deles. — André disse e começou a guiar o amado pela mão, Teles sabia que não era apenas isso, mas não quis forçar o companheiro a falar.
Quando voltaram ao grupo encontraram os três casais dançando juntos, pareciam ser apenas uma única massa, até Fred dançava sem ser o chato que sempre era, Teles e antes se uniram a dança.
Os organizadores subiram num palco e som foi abaixado e um microfone entregue ao cara que se identificou com Jorge, ele parecia muito feliz acompanhado de pelo menos uma dúzia de pessoas no palco.
— Vocês foram chamados aqui para celebramos à vida e os prazeres que eles nós trazem... — A multidão explodiu em gritos e palmas, Jorge olhou para seus companheiros e sorriu. — Agora que os portões foram fechados e as cerca eletrificadas a festa começa realmente... — As pessoas pararam de aplaudir e começaram a olhar umas pra outras, Vini viu a garota que o havia beijado sorrir e mandar um beijo pra ele. — Que comece oficialmente a festa!
No palco Jorge e seus companheiros se curvaram e começaram a crescer, suas roupas foram se rasgando, rosnando como feras, pelos e focinhos começaram a aparecer, a musculatura parecia aumentar como que por mágica, seu tamanho também aumentava à medida que iam abandonando a forma humana, terminando em um uivo conjunto, como se fossem uma alcateia se preparando para o combate.
O povo começou a correr em todas as direções.
Vini não teve reação ao ver o que antes era Jorge grunhir algo ao microfone e saltar sobre um casal que estava em estado de choque, uma enorme pata rasgou o rapaz ao meio fazendo sangue e tripas voarem em cima de Vini e Erika, enquanto sua bocarra arrancava parte do ombro e um dos braços da garota.
Erika começou a vomitar, Vini olhou para os amigos e começou a puxar a guria para longe, o local estava um pandemônio, ele viu Miguel e Larissa correm em uma direção diferente do resto do grupo, tentou gritar, mas o pânico impediu que o amigo a ouvisse, os monstros estavam caçando as pessoas, todos correram em direção ao estacionamento onde estavam os carros, mas viram que os carros haviam sido danificados impossibilitando a fuja.
— O que diabos é aqui Vini? — Gláucia olhou para o amigo, buscando resposta, mas não achou, ele buscava uma forma de saírem dali, mas sem olhar não parecia ter encontrado.
— A gente vai morrer cara! — Teles gritava enquanto permanecia agarrado ao braço de André, que agora sabia que par de olhos eram aqueles.
Um jovem próximo a eles sacou uma arma e disparou contra as bestas, André e Vini viram as balas perfurando o corpo de uma das criatura, mas ela nem reduziu sua velocidade e se jogou contra o rapaz arrancando a cabeça dele com uma mordida fazendo-o deixar a arma cair alguns metros de onde agora seu corpo servia de refeição para a fera, por um instante Vini parou e olhou para a arma, mas com aquela correria a arma já havia desaparecido, Fred corria na frente direcionando eles para uma mata que cercava a casa grande, logo estavam cercado pela vegetação tentando se esconder.
— Que porra está acontecendo aqui gente. — Teles chorava apoiando a cabeça do ombro de André, Gláucia e Erika estavam sentadas abraçadas, Vini e Fred observavam os arredores em busca de mais monstros. — Como vamos sair daqui?
— Precisamos ver se as cerca estão mesmo eletrificadas, se não tiverem pulamos. — Vini tentava manter o controle sobre si mesmo, para onde tinha levado seus amigos? — Talvez seja nossa única chance de escaparmos
— E se elas estiverem? — Gláucia estava com os olhos e o rosto vermelhos, os gritos de terror e dor vinha de todos os lados. — Não vamos conseguir lutar contra aquelas coisas.
— Vamos arrumar uma maneira de sair daqui eu prometo para vocês. — Vini olhou o ambiente, com a luz da lua como única fonte de iluminação, ele não sabia se conseguiriam sobreviver até o amanhecer. — Não podemos ficar parados aqui, precisamos ir...

Continua...

          Espero que tenham gostado da primeira parte do conto, deixem seus comentários e nós procurem nas redes socias, agora vão, os guardas não gostam muito de contadores de histórias por estas bandas...

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